Consultas | Osteopatia na Disfunção da ATM

A articulação temporo-mandibular (ATM) é uma articulação pareada que conecta a mandíbula inferior aos ossos temporais do crânio. Uma carga grande é colocada nesta articulação, associada não apenas ao procedimento de mastigação, mas também à fala, movimentos faciais, etc.

A disfunção da ATM é uma alteração da atividade coordenada da articulação devido a uma alteração da oclusão dos dentes, da posição relativa dos elementos da ATM e das funções do sistema miofascial. Ocorre em mulheres 3-5 vezes mais do que em homens, o pico de incidência ocorre na idade de 20 a 40 anos.

Frequentemente, pacientes com problemas de ATM procuram profissionais de saúde tentando identificar a causa da doença. Como a disfunção da ATM desencadeia gradualmente toda uma cascata de alterações, o processo começa a envolver todas as partes superiores e inferiores: cabeça, músculos do pescoço, ombros, tórax, região lombar e pelve, o que causa desconforto e dor em diferentes partes do corpo. Com tempo, isso leva ao esgotamento da parte psicoemocional e ao aparecimento de sintomas semelhantes à neurose ou depressivos. E a pessoa nem desconfia que a causa pode ser, por exemplo, coroas mal colocadas há vários anos. Além disso, vários problemas do próprio corpo (músculos, articulações, ossos, estado do sistema nervoso, etc.) podem causar disfunção da ATM. A disfunção da ATM pode se manifestar em:

• dor na região da parótida;
• zumbido nos ouvidos;
• Perda de audição;
• tontura;
• dor de cabeça;
• sensação de queimação na língua;
• dor ao mastigar;
• dor muscular e movimento limitado do maxilar inferior;
• dor ao abrir e fechar a boca;
• dor à palpação da região parótida e/ou auditiva externa
passagem;
• irradiação da dor na região infratemporal ou infraorbitária;
• estalido e crepitação na articulação;
• abertura limitada da cavidade oral;
• dor no pescoço;
• dor nas costas;
• mudança na marcha, etc.

As causas que podem levar à disfunção da articulação temporomandibular são problemas locais, ascendentes ou descendentes:
• trauma;
• anomalias da mandíbula ou osso temporal;
• alteração da postura, doenças da coluna vertebral;
• comprimento diferente das pernas;
• assimetria dos ossos pélvicos e da pelve como um todo;
• estresse crônico;
• má oclusão;
• perda prematura de dentes;
• tratamento ortodôntico ou ortopédico realizado incorretamente no maxilar inferior. 

É mais aconselhável iniciar o tratamento com um osteopata expecialisado nos técnicas crãnio-sacral e ATM, porque antes de mais, é preciso restaurar o correto funcionamento da fáscia, dos músculos dos ossos como um todo, aplicar técnicas libertação sómato-emocional, depois da articulação, para seguir então corrigir a posição dos dentes. Muitas vezes, a mordida é corrigida sem corrigir o sistema miofascial do corpo, a função da articulação, e então o sistema dentoalveolar se fecha em uma posição insalubre, caso em que é muito mais difícil restaurar a articulação. No futuro sempre a correção osteopática de suporte deve ser realizada a fim de melhorar o prognóstico do tratamento ortodôntico e prevenir a recorrência da disfunção da ATM. Esta regra se aplica a crianças e adultos.

A osteopatia com técnicas cránio-sacral, delicadas e não invasivas tem amplas capacidades para diagnosticar disfunções da ATM, determinar a etiologia e o tratamento desta doença.